A casca da melancia pingo doce é tão escura que a variedade é conhecida como melancia preta. Ela foi desenvolvida na Espanha. O produtor Igor Martinez cultiva a fruta há 3 anos em Avaí (SP).
A plantação ocupa 200 hectares. A produtividade média chega a 50 toneladas por hectare. A fruta pesa em torno de 7 quilos, o que significa metade de uma melancia tradicional.
A mão-de-obra usada na colheita vem do Estado de Tocantins. Os trabalhadores passam 5 meses fazendo a colheita nas plantações. No caso da melancia preta, a remuneração pelo serviço é maior.
O preço pago ao agricultor na roça também é maior: de R$ 0,80 a R$ 1,00 o quilo. Já a variedade mais comum gira em torno de R$ 0,60.
Na propriedade de Valmir Martinez são 200 hectares com duas variedades de melancia comum. A fruta se desenvolveu bem e está docinha. Mesmo com uma boa safra, ele sabe que vai receber bem menos pelo quilo delas na comparação com a variedade pingo doce.
Na hora do transporte, seja qual for a variedade de melancia, os caminhões são preparados com mantas de feno para garantir que as frutas não sejam danificadas. Enquanto as melancias grandes vão direto para os centros de distribuições, a variedade pingo doce segue primeiro para o galpão para que todas passem por uma triagem.
Depois de descarregadas, as melancias vão para uma máquina que lava e dá brilho na casca. As que têm algum defeito são separadas.
Um teste também é feito para saber se as frutas estão com a qualidade esperada. Na escala de grau brix, que aponta o nível de doçura da fruta. O produtor Igor Martinez diz que o resultado para a pingo doce não pode ser inferior a 10.
O tamanho menor da melancia e o menor número de sementes também são diferenciais que favorecem a pingo doce.
Fonte: TV TEM